Sábado, 28 de Fevereiro de 2015

CORRIDA DO ATLÂNTICO

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 1037(2010), 1319(2011), 1423(2012), 1613(2013), 1568(2014) e 1809(2015).

 

Estes números, aparentemente desordenados e desprovidos de qualquer lógica, não constituem um enigma para serem decifrados por quem estiver a ler esta crónica. São antes a evolução do número de atletas que terminaram a Corrida do Atlântico, outrora designada por Grande Prémio do Atlântico, e desde o ano de 2010 em que as LEBRES E TARTARUGAS, enquanto tal, iniciaram as suas participações na corrida organizada pelo Núcleo Sportinguista da Costa de Caparica e que tem como palco aquele que foi eleito, nos idos anos de sessenta e setenta, como a escolha natural de alguma classe média Lisboeta para a sua residência de fim-de-semana e, até mesmo, para as suas férias de Verão. De então para cá registou-se um aumento à volta de 75% no número de atletas “finalistas” desta simpática, e cada vez mais popular, corrida.

 

Após algumas participações de uma forma mais desfalcada as LEBRES E TARTARUGAS compareceram na sua máxima força na Corrida do Atlântico contando mesmo com alguns reforços já habituais. Além do trio fundador deslocaram-se à Costa de Caparica a Catarina Santos, o Gonçalo Sousa e o Pedro Antunes que contribuíram significativamente para que pudéssemos inscrever o nosso nome na classificação por equipas. E, apesar de estar inscrito como individual, o Gustavo Veríssimo, amigo do Pedro, também se juntou à nossa família desportiva.

 

Apesar de andarmos a “pregar” que não nos devemos envolver em muitas corridas em cada mês, o Frederico e o Carlos Gonçalves cumpriram neste domingo a sua sexta prova em 2015, sendo que cinco delas foram em fins-de-semana consecutivos. E o outro Carlos só não nos acompanhou porque ainda anda às voltas com a sua lesão.

 

Há que ter alguma contenção, até porque já não vamos para novos …

 

Longe do temporal que nos brindou em 2011, acabámos por ter alguma sorte com as condições meteorológicas deste domingo tendo em consideração as previsões mais pessimistas divulgadas na véspera. Relativamente à edição de 2015 a organização anunciou que este ano teríamos um percurso novo. Não notámos e, salvo algum pormenor que nos escapou, não registámos qualquer novidade face aos últimos anos. E, à semelhança das anteriores edições, até se manteve um último quilómetro um pouco mais esticado do que os restantes nove.

 

A maior afluência de atletas fez-se notar logo de manhã bem cedo quando constatámos que o estacionamento estava bem mais difícil.

 

À hora marcada dá-se o agrupamento dos nossos convivas. “Para mais tarde recordar” as Tartarugas perfilam-se diante da máquina fotográfica da nossa Repórter de serviço, e futura Mãe (está quase, quase, quase …), Catarina.

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 Algumas caras conhecidas, outras nem por isso, mas todos juntos com um semblante de satisfação e aguardando ansiosamente pelo sinal da largada. Em simultâneo com os participantes da Caminhada, e com os consequentes atropelos e encontrões, os atletas da prova dos dez quilómetros fazem-se à estrada. Só já muito próximo do paredão é que encontramos algum espaço disponível para darmos largas às nossas capacidades atléticas. É o ponto alto da prova com os “surfistas” de serviço a alegrarem o já de si espectacular cenário do Oceano Atlântico em todo o seu fulgor. Talvez por uma vez os olhos dos passeantes do paredão se desviaram do mar para acompanhar os muitos atletas que praticavam o seu “hobby” de eleição.

 

Cumprido o sexto quilómetro temos o único abastecimento de água não se registando a confusão e os atropelos das anteriores edições. De erros ninguém está livre, e “só não erra quem não faz”. E a obrigação é de aprender com os erros.

 

Esta é também a única fase da nossa corrida em que corremos em piso mas mole. Mas por pouco tempo. Um pouco mais à frente regressamos à estrada para atacar os derradeiros quilómetros. A última e derradeira recta parece nunca mais acabar. Mas quando cumprimos finalmente a última curva a meta está logo ali à nossa mercê. Último “sprint”, últimas ultrapassagens.

 

Com esta participação as LEBRES E TARTARUGAS completaram 110 corridas em conjunto. O nosso objectivo imediato é atingirmos a centena e meia e depois lançarmo-nos ao duplo “centenário” de corridas. Já faltou mais.

 

De novo entra em acção a repórter Catarina, na companhia da Treinadora, registando a chegada dos nossos atletas dos dez quilómetros. Com a felicidade estampada no rosto todos dão por bem entregue a sua deslocação à “margem sul” numa manhã de domingo que até se revelou bastante agradável.

 

Os mais de mil e oitocentos atletas à chegada fazem-se sentir em toda a prova. Praticamente não se formam grupos isolados mais parecendo um longo pelotão que, como uma cobra, umas vezes estica e outras encolhe.

 

Atletas que concluiram a prova: 1809

Vencedor: PEDRO ARSÉNIO (CA Odimarq) - 0:32:21

 

CATARINA SANTOS (Dorsal Nº1609)

Classificação Geral: 968º - Classificação no Escalão F0034: 28º

Tempo Oficial: 0:55:10/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:53:04

Tempo médio/Km: 5m:18s <=> Velocidade média: 11,31 Km/h(*)

 

GONÇALO SOUSA (Dorsal Nº1844)

Classificação Geral: 1521º - Classificação no Escalão M0034: 245º

Tempo Oficial: 1:04:37/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:02:29

Tempo médio/Km: 6m:15s <=> Velocidade média: 9,60 Km/h(*)

 

PEDRO ANTUNES (Dorsal Nº1609)

Classificação Geral: 1689º - Classificação no Escalão M0034: 254º

Tempo Oficial: 1:10:27/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:08:21

Tempo médio/Km: 6m:50s <=> Velocidade média: 8,78 Km/h(*)

 

FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº1606)

Classificação Geral: 1306º- Classificação no Escalão M5054: 117º

Tempo Oficial: 1:00:20/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:58:12

Tempo médio/Km: 5m:49s <=> Velocidade média: 10,31 Km/h(*)

 

CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº1607)

Classificação Geral: 722º - Classificação no Escalão M5054: 65º

Tempo Oficial: 0:51:52/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:49:46

Tempo médio/Km: 4m:59s  <=> Velocidade média: 12,06Km/h (*)

 

CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº1608)

Classificação Geral: 711º - Classificação no Escalão M5559: 47º

Tempo Oficial: 0:51:46/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:49:41

Tempo médio/Km: 4m:58s  <=> Velocidade média: 12,08Km/h (*)

 

GUSTAVO VERÍSSIMO (Dorsal Nº1779)

Classificação Geral: 1490º - Classificação no Escalão M4044: 251º

Tempo Oficial: 1:04:02/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:01:56

Tempo médio/Km: 6m:12s  <=> Velocidade média: 9,69Km/h (*)

 

Corridas do Mês de Fevereiro

  • 1 - Rota da Fonte da Pipa (Torres Vedras) - 12,3 Km
  • 8 - Grande Prémio de Mem Martins -10 Km
  • 15 - 20 KMS de Cascais - 20 Km
  • 22 - Corrida do Atlântico (Costa de Caparica) - 10 Km

 

Calendário para o Mês de Março

  • 1 - Corrida da Árvore (Lisboa/Serra de Mosnanto) - 10 Km
  • 8 - Corrida das Lezírias (V. F. de Xira) -15,5 Km
  • 15 - Trail da Barreira (Barreira/Leiria) - 25 Km
  • 22 - Meia Maratona de Lisboa - 21,0975 Km
publicado por Carlos M Gonçalves às 13:15

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Terça-feira, 17 de Fevereiro de 2015

20KM DE CASCAIS

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 Há corridas que aparecem, duram algum tempo e desaparecem. E mesmo que não desapareçam de vez desaparecem os atletas. Mas não é o caso dos 20KM de Cascais. Quando abrem as inscrições em Novembro verifica-se logo um grande nervosismo dos atletas com o medo de perderem o lugar e por isso tem sido habitual as vagas esgotarem-se muito antes da data de realização da prova.

 

E numa fase em que as provas mais antigas começam a perder algum fulgor os 20KM de Cascais continuam a atrair muitos atletas sendo de realçar que foram mais de dois mil os que cruzaram a linha da meta.

 

Marcada habitualmente para o Domingo Gordo tem sido normal encontrar vários atletas com as inevitáveis máscaras carnavalescas. Contribuem para uma maior animação e colorido num pelotão já de si animado e cuja cor predominante este ano foi o amarelo fluorescente.

 

Sem qualquer hesitação, e apesar de nos aguardar uma manhã tradicionalmente fria, com algum vento e chuva à mistura – é o Inverno, pois é - os atletas das LEBRES E TARTARUGAS teimam em continuar a marcar presença em cada edição dos 20KM de Cascais. E, uma vez mais, estivemos com uma equipa mais alargada, como aliás já tem sido nosso hábito recentemente. A ausência mais marcante na nossa equipa foi a do Hugo que foi logo incluído na nossa inscrição de Novembro. O seu desejo em participar era enorme pelo que, esquecendo-se de que já estava inscrito pelo colegas, voltou a inscrever-se nesta última semana, ficando assim com uma dupla presença. Só que um azar nunca vem só e no Sábado o Hugo viu-se impedido, por doença, de participar na corrida pelo que ficámos com dois dorsais livres. Foi uma azáfama em contactos para colmatar esta ausência. O primeiro a avançar foi o Bartolomeu que encarou esta participação como uma primeira etapa da sua preparação tendo em vista a Lisbon Eco Marathon na qual já está inscrito. Mesmo assim ainda nos faltava arranjar mais um “pendura”. E foi então que o Gonçalo Gonçalves decidiu, à hora do jantar de Sábado, arriscar uma distância nunca antes feita, quer em treino quer em provas oficiais. Ficava completo o nosso sexteto: João, Bartolomeu, Frederico, Carlos Catela, Gonçalo e Carlos Gonçalves.

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Mesmo o lesionado Catela arriscou um pouco a cura da lesão e fez questão de marcar presença nesta corrida, embora efectuando-a num ritmo mais calmo do que lhe é habitual. Segundo as suas expectativas começaria por fazer os primeiros cinco quilómetros, caso se sentisse bem continuaria até aos dez, colocando a hipótese de poder parar e fazer o resto a andar. Mas felizmente que se sentiu em perfeitas condições pelo que, uma vez mais, concluiu a prova e em boas condições não se ressentido das suas “maleitas”.

 

E também a nossa treinadora fez questão de voltar a acompanhar-nos em mais uma odisseia. Como dizia o Frederico pode alguém ter de ir a pé mas há sempre lugar para a TREINADORA.

 

Com a tarefa de levantamento dos dorsais já assegurada previamente pelo Frederico não era preciso madrugar muito. Às nove menos um quarto toda a comitiva concentrava-se em casa do Frederico. O João Valério aproveitou o facto de morar perto para logo cumprir com o seu aquecimento para a corrida. Um pouco cedo demais, talvez…

 

Como a partida iria ser feita por segmentos o nosso grupo teve de dividir-se em dois: os de menos de 1h45m e os de mais de 1h45m. No primeiro ficou o Carlos Catela e o Bartolomeu (dorsal nº 1 do Hugo) e no segundo compartimento juntaram-se os restantes Tartarugas.

 

E desta vez coube ao Gonçalo a “árdua” tarefa de ser interpelado por um grupo de atletas femininas – LEBRES – para lhes tirar uma fotografia comemorativa. E mal tinha disparado a foto no telemóvel de uma delas já o mesmo tocava pelo que não houve tempo para grandes confraternizações.

 

Pouco passava das dez da manhã quando é dado o sinal de partida. Os atletas que ficaram no compartimento de mais de 1h45m só cruzaram a linha de partida com cerca de dois minutos de atraso relativamente ao início da corrida. Para não cair no mesmo erro do ano passado, do qual resultou uma corrida de 20+1 Km, o percurso inicial foi ligeiramente alterado. Como sempre a animação em redor foi grande. Desde o público parado ao longo da estrada até aos Caminhantes, todos emprestavam um ambiente de festa à prova aproveitando também para incentivar os participantes na corrida maior. Mal deixamos a zona urbana de Cascais, e passamos pela Boca do Inferno, reencontramos o nosso amigo vento tão comum por estas paragens. Só que não soprava tão intensamente como em anos anteriores. E a temperatura ambiente não desceu tanto como é habitual. Para o Frederico estava mesmo um pouco quente. Quanto à chuva apenas fez uma tímida aparição minutos antes da partida e depois despareceu como que por encanto.

 

Até à viragem por volta dos onze quilómetros tivemos que lutar contra o vento que, apesar de não muito intenso, sempre nos dificultava um pouco a vida. No regresso mal damos por ele mas tê-lo-íamos agora como aliado. Aparentemente plano, já sabíamos de antemão que o troço em zona aberta é ligeiramente a descer em direcção ao Guincho. E que no regresso o último "obstáculo" findaria ao quilómetro dezassete, sempre a subir, pouco mas longamente. Quando passamos pelo último abastecimento sentimos que o fim está próximo. E também sabemos que no último quilómetro será sempre a descer tendo oportunidade para acelerar até à meta, haja pernas e energia para tal.

 

À medida que cada um de nós chega comenta-se a corrida. Para grande surpresa o Gonçalo, ainda pouco inexperiente em corridas de fundo, realizou provavelmente a melhor prova de todos nós tendo em consideração a sua preparação, e, seguramente, a sua melhor de sempre.  É de realçar a sua prestação pois fazer pela primeira vez vinte quilómetros e em menos de 5 minutos e meio por quilómetro não é para qualquer um. Muitos dos mais novos e até mais experientes não conseguem lá chegar.

 

E para o fim estava guardada a maior surpresa. Quando nos preparávamos para regressar ao carro um dos atletas é interpelado por uma equipa da RTP Informação para uma pequena entrevista de circunstância. Começamos a ficar famosos. Não é que os repórteres estivessem muito à vontade nem a qualidade das perguntas exigiu um grande esforço de concentração do Tartaruga entrevistado. Mas fica para a nossa história e orgulho este momento alto que premeia o nosso esforço ao longo destes últimos seis anos.

 

Atletas que concluiram a prova: 2255

Vencedor:LUÍS PINTO ( Individual) - 1:03:19

 

GONÇALO GONÇALVES (Dorsal Nº2591)

Classificação Geral: 1447º - Classificação no Escalão: NC (Não considerado)

Classificação do Chip: 1427º

Tempo Oficial: 1:51:42/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:49:44

Tempo médio/Km: 5m:29s <=> Velocidade média: 10,94 Km/h(*)

 

BARTOLOMEU SANTOS (Dorsal Nº249)

Classificação Geral: 1053º - Classificação no Escalão: NC (Não considerado)

Class~ificação do Chip: 1096º

Tempo Oficial: 1:43:56/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:43:29

Tempo médio/Km: 5m:10s <=> Velocidade média: 11,60 Km/h(*)

 

FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº248)

Classificação Geral: 1950º- Classificação no Escalão V50: 203º

Classificação do Chip: 1944º

Tempo Oficial: 2:05:31/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 2:03:34

Tempo médio/Km: 6m:11s <=> Velocidade média: 9,71 Km/h(*)

 

CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº247)

Classificação Geral: 1166º - Classificação no Escalão V50: 115º

Classificação do Chip: 1230º

Tempo Oficial: 1:46:36/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:46:09

Tempo médio/Km: 5m:18s  <=> Velocidade média: 11,30Km/h (*)

 

CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº246)

Classificação Geral: 1072º - Classificação no Escalão V55: 51º

Classificação do Chip: 1041º

Tempo Oficial: 1:44:27/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:42:30

Tempo médio/Km: 5m:08s  <=> Velocidade média: 11,71Km/h (*)

 

JOÃO VALÉRIO (Dorsal Nº250)

Classificação Geral: 1621º - Classificação no Escalão V60: 53º

Classificação do Chip: 1596º

Tempo Oficial: 1:55:06/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:53:08

Tempo médio/Km: 5m:39s  <=> Velocidade média: 10,61Km/h (*)

 

Corridas do Mês de Fevereiro

  • 1 - Rota da Fonte da Pipa (Torres Vedras) - 12,3 Km
  • 8 - Grande Prémio de Mem Martins -10 Km
  • 15 - 20 KMS de Cascais - 20 Km
  • 22 - Corrida do Atlântico (Costa de Caparica) - 20 Km
publicado por Carlos M Gonçalves às 16:50

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Quinta-feira, 12 de Fevereiro de 2015

GRANDE PRÉMIO DE ALGUEIRÃO - MEM MARTINS

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 O início do ano de 2015 tem sido, de alguma forma, diabólico para os atletas das LEBRES E TARTARUGAS. Contando com a nossa participação no Grande Prémio Fim da Europa este foi o terceiro fim-de-semana seguido em plena actividade competitiva. E não vamos parar.

 

Com o Tartaruga Carlos Teixeira de baixa a tentar debelar uma lesão com contornos finalmente definidos, os dois outros atletas lançaram-se à repetição de uma prova na qual já tinham estado em 2012. E, como tem sido hábito, recrutaram o Pedro Antunes, um dos seus atletas mais novos e que, com alguma regularidade, vem demonstrando que o “bichinho” já lá mora. Nesta deslocação a Mem Martins, contaram com a companhia da nossa “treinadora” Ana Luísa. Não sabemos se foi para nos dar apoio ou se para ver se nos comportávamos condignamente perante algum ataque de uma lebre mais “espevitada” …

 

À chegada a Mem Martins a nossa principal preocupação era encontrar o local da partida. Perante algumas tabuletas indicativas do sentido da Corrida todos os passageiros não quiseram dar ouvidos aos sábios conselhos do atleta mais velho e “obrigaram-no” a seguir as setas. Após alguns quilómetros chegámos todos à conclusão que, na realidade, estávamos a fazer de automóvel todo o percurso da corrida. Só quando nos víamos cada vez mais próximos da hora da partida é que decidimos que teríamos de deixar para trás o “reconhecimento da prova” e, urgentemente, tentar encontrar o caminho até ao ponto onde deveria estar o Secretariado da prova. E também tínhamos de encontrar um local para estacionar o automóvel e levantar os dorsais, tudo isto quando o relógio se aproximava perigosamente das dez horas da manhã.

 

Não obstante toda esta azáfama afinal acabámos por conseguir resolver os problemas que mais nos atormentavam e sem mais sobressaltos. Sem “stress” conseguimos ainda ter algum tempinho para regressar ao nosso carro e proceder à árdua tarefa da colocação do dorsal e do “chip” de controlo do tempo. Cumpridas as necessidades fisiológicas de última hora atrás de um autocarro e longe dos olhares mais indiscretos, houve também oportunidade para a pose do costume.

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Como o frio apertava só nos libertámos dos nossos “abafos” mesmo em cima da hora da partida ficando a nossa “mister” como fiel depositária destes apêndices. Enquanto aguardamos pacientemente pelo tiro de partida fazemos alguns exercícios de aquecimento e conversamos com os atletas em redor.

 

Com alguns minutos de atraso é dado finalmente o sinal de partida. Sabíamos de antemão que não iríamos ter pela frente uma prova muito fácil. Pouco plana e em constante “sobe e desce”. O começo foi mesmo bom para aquecer os músculos e as articulações sendo maioritariamente a descer. Por volta do quilómetro três lá encontrámos a terrível subida da Bomba de Gasolina que, como verificámos no reconhecimento e ainda nos lembrávamos de há dois anos atrás, teríamos de repetir um pouco mais tarde. Às voltas pelas imediações de Mem Martins presenciamos, com algum entusiasmo, que “o povo saiu à rua” para nos aplaudir e incentivar à nossa passagem.

 

Após passagem pela estação de comboios das Mercês espera-nos o segundo ataque à subida da Bomba de Gasolina, que, por sinal, até pareceu mais fácil do que na primeira volta, apesar de já termos mais quilómetros nas pernas. Mas, momentos antes, precisámos de redobrar a atenção com uma descida quase a pique. Por vezes cansamo-nos mais a descer do que a subir. E como este troço deixou marcas. Que o diga o Pedro que cruzou a meta com dores nos joelhos.

 

Dentro das nossas expectativas cada um dos Tartarugas completou a sua prova com o testemunho da “treinadora”. E desta vez coube ao Pedro fazer-se acompanhar durante praticamente toda a corrida, por algumas atletas do Montepio. Também este atleta já percebeu o “espírito” das LEBRES E TARTARUGAS. Nós somos as Tartarugas sempre disponíveis para alguma Lebre mais “tresmalhada” e à procura de companhia e de apoio “espiritual”. Isto “Toca a Todos”. E desta vez tocou a um atleta menos experiente nestas andanças.

 

Como última nota não devemos passar em claro que, mais uma vez, a organização parece que tem alguma dificuldade em acertar com a medição da distância. Há dois anos verificámos que o último quilómetro foi na realidade um pouco mais comprido do que os restantes. Este ano o erro foi por defeito. E cedo demos por este lapso, chamemos-lhe assim, pois já quando passámos pela marca dos cinco quilómetros na realidade ainda só tínhamos percorrido pouco mais do que quatro mil metros. À chegada constatámos que ainda faltavam perto de duzentos metros para, na realidade, contabilizar dez quilómetros de corrida. Estranho nos dias que correm quando cada vez mais é fácil medir as distâncias com um simples relógio com GPS, instrumento que tem vindo a ser utilizado por um número crescente de corredores.

 

Como o frio ainda apertava, não havia tempo a perder e rapidamente “corremos” para o nosso carro de serviço. De regresso a Lisboa relembramos as próximas provas nas quais estamos já inscritos e acertamos as inscrições que temos pela frente. As LEBRES E TARTARUGAS não param. Sempre “na brecha”.

 

Atletas que concluiram a prova: 612

Vencedor:TIAGO LOUSA ( Casa do Benfica de Algueirão Mem Martins) - 0:34:00

 

PEDRO ANTUNES (Dorsal Nº450)

Classificação Geral: 476º - Classificação no Escalão M0034: 110º

Tempo Oficial: 1:07:50/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:07:34

Tempo médio/Km: 6m:45s <=> Velocidade média: 8,88 Km/h(*)

 

FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº449)

Classificação Geral: 412º- Classificação no Escalão M5054: 29º

Tempo Oficial: 0:57:58/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:57:43

Tempo médio/Km: 5m:46s <=> Velocidade média: 10,40 Km/h(*)

 

CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº451)

Classificação Geral: 251º - Classificação no Escalão M5559: 17º

Tempo Oficial: 0:50:05/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:49:50

Tempo médio/Km: 4m:59s  <=> Velocidade média: 12,04Km/h (*)

 

Corridas do Mês de Fevereiro

  • 1 - Rota da Fonte da Pipa (Torres Vedras) - 12,3 Km
  • 8 - Grande Prémio de Mem Martins -10 Km
  • 15 - 20 KMS de Cascais - 20 Km
  • 22 - Corrida do Atlântico (Costa de Caparica) - 20 Km
publicado por Carlos M Gonçalves às 23:31

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Sábado, 7 de Fevereiro de 2015

ROTA FONTE DA PIPA

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Não há muitos anos que os meses de Janeiro, Fevereiro e Março eram um pouco parcos em termos de corridas. Com o despertar das pessoas para esta modalidade, aumentou significativamente a oferta. Assim neste momento a principal dificuldade está na escolha da prova  que iremos eleger para cada fim-de-semana. Por outro lado o nosso propósito tem-se norteado pela procura de novos cenários no qual a nossa participação na Rota Fonte da Pipa se insere perfeitamente. Paralelamente ao crescimento do número de corridas também se verifica o surgimento de novas entidades ameaçando assim a hegemonia da Xistarca na organização e operacionalização de provas. E os atletas só têm a ganhar.

 

Em 2014 os atletas das LEBRES E TARTARUGAS descobriram a ROTA FONTE DA PIPA. Além de uma nova corrida encontrámos também um novo local para darmos largas à nossa vontade de praticar desporto. Este ano o Carlos Gonçalves e o Frederico estavam indecisos sobre a prova em que iriam participar neste primeiro Domingo de Fevereiro. Mas, ao verificarem que se iria realizar neste fim-de-semana a corrida organizada pela Casa do Benfica de Torres Vedras, e depois de bem aconselhados e incentivados pelo ausente e lesionado Tartaruga Carlos Catela, decidiram regressar a uma cidade onde já tinham sido “muito felizes” com a participação numa prova organizada pelo Turres Trail, só que dessa vez em ambiente de montanha. Aliás o Carlos Gonçalves também já tinha participado nesta mesma corrida há um ano. Deste modo a opção Grande Prémio de Grândola passou para segundo plano.

 

Uma vez mais o Hugo decidiu acompanhar-nos na deslocação a Torres Vedras e participar numa prova organizada por uma casa de um clube rival de o do seu coração. Sportinguista desde pequenino nem por isso teve qualquer relutância em posar para a posteridade com os seus dois amigos tendo como pano de fundo a Catedral Benfiquista. A isto se chama “fair play”. E também lhe prometemos tirar idêntica foto no Núcleo Sportinguista da Costa de Caparica caso participemos no Grande Prémio do Atlântico.

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 Cumprido o ritual do levantamento dos “kits” de participante os atletas voltaram a refugiar-se no carro do Frederico até bem perto da hora da partida. O frio era de tal modo intenso que mal conseguiam aguentar na rua. Até o Frederico, sempre tão acalorado e adepto de temperaturas mais baixas, também ele sofria com este rigor do Inverno a que não estamos lá muito bem adaptados. E até quando nos deslocávamos para o local da partida, e aguardávamos pacientemente pelo começar da corrida, foi o Frederico quem disse para procurarmos por um lugar ao Sol e ali aguentarmos até ao sinal da largada. Enquanto que o Carlos e o Hugo comtemplavam a estátua do antigo ídolo do ciclismo nacional Joaquim Agostinho, por muitos considerado como o Eusébio das Bicicletas,

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 o Federico era solicitado, para não dizer "seduzido", por uma simpática atleta espanhola para lhe tirar uma fotografia de “recuerdo”. Não era a amiga de Torres Vedras do Frederico mas parece que os seus encantos brilham por esta cidade do Oeste. E o Carlos Gonçalves é que não se livra da fama …

 

No final da corrida do ano passado a maioria dos atletas tinha verificado que afinal a extensão da mesma tinha um pouco mais do que os doze quilómetros então divulgados. Na realidade tinham acrescentado mais umas três centenas de metros. Fazendo eco das reclamações a organização terá reconhecido o erro e em 2015 já todos sabiam que a Rota Fonte da Pipa teria uma distância total de doze quilómetros e trezentos metros. O percurso era exactamente o mesmo com um início forte a subir para aquecer convenientemente os músculos. Passados os três quilómetros iniciais entramos na fase mais rápida, maioritariamente em plano ou mesmo a descer. É no tempo de cada atleta entrar no seu ritmo e começar a definir aquilo que quer da corrida. E é também altura da chuva marcar presença o que valeu para o Frederico arrancar para uma prestação que inicialmente não imaginaria. Estava como peixe dentro de água.

 

Após o único abastecimento de águas, à entrada do quilómetro sete encetamos o troço que já em 2014 tínhamos considerado como o ponto alto do percurso. Durante mais de dois quilómetros andamos em terra batida tendo como companhia a parte rural de Torres Vedras. Apesar da chuva dos últimos dias não encontramos muita lama mas, mesmo assim, ainda temos de dar atenção a algumas poças para não ficarmos com os pés muito encharcados. Regressamos ao alcatrão para um pouco mais à frente voltarmos à terra batida.

 

Quando faltam cerca de dois quilómetros retomamos o alcatrão para cumprirmos a parte final da corrida.

 

O Hugo, apesar de se encontrar fora de forma, realizou a prova como já nos tem habituado. Começa devagar, acelera e voa até à meta cotando-se, como sempre, como o nosso melhor e mais bem classificado atleta. É a juventude a dar cartas, além de uma certa apetência e características naturais e fisiológicas próprias para o atletismo.

 

Terminadas as participações dos LEBRES E TARTARUGAS cada um de nós comenta a prova com uma certeza de que no próximo ano estaremos de volta.

 

Atletas que concluiram a prova: 426

Vencedor:FRANCISCO PEDRO ( Casa do Benfica de T orres Vedras) - 0:42:05

 

HUGO  FERREIRA  (Dorsal Nº454)

Classificação Geral: 134º - Classificação no Escalão M40: 28º

Tempo Oficial: 0:56:46/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:56:25

Tempo médio/Km: 4m:35s <=> Velocidade média: 13,08 Km/h(*)

 

FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº453)

Classificação Geral: 352º- Classificação no Escalão M50: 34º

Tempo Oficial: 1:14:05/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:13:43

Tempo médio/Km: 6m:00s <=> Velocidade média: 10,01 Km/h(*)

 

CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº451)

Classificação Geral: 226º - Classificação no Escalão M55: 17º

Tempo Oficial: 1:01:55/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:01:33

Tempo médio/Km: 5m:00s  <=> Velocidade média: 11,99Km/h (*)

MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NA PROVA

 

Corridas do Mês de Fevereiro

  • 1 - Rota da Fonte da Pipa (Torres Vedras) - 12,3 Km
  • 8 - Grande Prémio de Mem Martins -10 Km
  • 15 - 20 KMS de Cascais - 20 Km
  • 22 - Corrida do Atlântico (Costa de Caparica) - 20 Km
publicado por Carlos M Gonçalves às 20:28

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