Quarta-feira, 29 de Outubro de 2014

CORRIDA DO MONTEPIO GERAL

100 Corridas.png

4.900 atletas completaram ontem a 2ª Corrida do Montepio Geral entre os quais 3 briosos Lebres e Tartarugas, os consagrados Carlos Teixeira e Frederico Sousa, muito bem acompanhados pelo jovem Gonçalo Sousa, cada vez mais um tartaruga residente. Para o elevado número de participantes contribuiu o valor da inscrição 5 € abaixo dos valores atualmente praticados noutras competições, por outro lado tratou-se de uma prova cuja receita reverteu a favor das Cáritas. Os tartarugas encontraram-se inicialmente do largo do Camões e posteriormente na estação do rossio, a manhã estava muito agradável mas também muito quente e convidava mais a uma ida à praia do que fazer uma corrida, no entanto toda a zona do Rossio e arredores estava completamente inundada de atletas trajados de Laranja, cor garrida escolhida para este segundo evento do Montepio Geral. A partida teve lugar no Rossio num espaço reduzido para tanto atleta, os lebres e tartarugas partiram todos juntos demorando cerca de 2 minutos a percorrer a distancia do local onde se encontravam até à linha de partida. Após a linha partida os atletas seguiram em direção à rua do Ouro tudo quanto era espaço valeu, os peões que passeavam na baixa refugiavam-se conforme podiam, uma chuva de papelinhos brancos e cor de laranja esvoaçavam, enfim uma grande confusão, mas saudável. Atingida de seguida a Rua do Arsenal o pelotão continuou compacto até atingir o Cais do Sodré, defendendo-se os atletas como possível dos buracos, das linhas do elétrico, dos atropelos e da confusão de pines que estava no Cais Sodré. Após a passagem pela estação de comboios do Cais Sodré foi possível começar a correr até aos 5 kms onde junto ao centro de congressos de Lisboa se fazia a inversão de sentido. No regresso foi possível sentir uma brisa vinda do rio que ajudou e contrastou com a primeira parte da corrida muito quente, o percurso igual até ao Cais do Sodré e depois o último Km até à Praça de Comércio onde estava instalada a meta, com a passagem pelo empedrado da Ribeira das naus, nada ao gosto dos atletas por ser empedrado. No final os 3 tartarugas confraternizaram junto ao Rio Tejo, num ambiente muito agradável, naquela que será sem dúvida uma das Praças mais bonitas da Europa, e cada vez mais visitada por turistas de diferentes cantos do Mundo. E agora para os dois Carlos segue-se mais um desafio a Maratona do Porto.

[Crónica de Carlos Teixeira]

 

Atletas que concluiram a prova: 4906

Vencedor: HERMANO FERREIRA: 0:30:24

 

GONÇALO SOUSA (Dorsal Nº3538)

Classificação Geral: 3497º - Classificação no Escalão Sénior: 786º

Tempo Oficial: 1:04:37/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:02:24

Tempo médio/Km: 6m:14s  <=> Velocidade média: 9,62Km/h (*)

 

FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº3536)

Classificação Geral: 3480º - Classificação no Escalão V50: 219º

Tempo Oficial: 1:04:26/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:01:54

Tempo médio/Km: 6m:11s  <=> Velocidade média: 9,69Km/h (*)

 

CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº3539)

Classificação Geral: 1047º - Classificação no Escalão V50: 79º

Tempo Oficial: 0:50:32/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:48:05

Tempo médio/Km: 4m:49s  <=> Velocidade média: 12,48Km/h (*)

 

(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)

 

Corridas do Mês de Outubro

  • 5 - Maratona de Lisboa (Cascais/Lisboa) - 42,195 Km
  • 12 - Corrida do Sporting (Lisboa) - 10 Km
  • 19 - Corrida da Água (Lisboa) - 10 Km
  • 26 - Corrida do Montepio (Lisboa) - 10 Km

Calendário para o Mês de Novembro

  • 1 - Trail da Cidade de Torres Vedras - 16 Km
  • 2 - Maratona do Porto - 42,195 Km
  • 9 - Meia Maratona da Nazaré - 21,0975 Km
  • 16 - Corrida do Monge (Serra de Sintra ) - 11,5 Km
  • 23 - Grande Prémio de Atletismo da Mendiga - 16 Km

 

publicado por Carlos M Gonçalves às 23:41

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Quarta-feira, 22 de Outubro de 2014

CORRIDA DA ÁGUA - Corrida da Pouca Água

100 Corridas.png

Desde a Lisbon Eco Marathon, realizada no início do Verão de 2014, que os três Fundadores das LEBRES E TARTARUGAS não disputavam uma corrida em conjunto. Desta vez não só voltaram em grupo como ainda se fizeram representar com dois reforços. Um de última hora, o João Valério, e outro, a Catarina Santos, já repetente e que vestiu a camisola das LEBRES E TARTARUGAS na Corrida do Tejo. A Catarina tem um peso extra nos seus ombros já que representa um rejuvenescimento da equipa e que, em face dos resultados obtidos e sem qualquer preparação especial, já se intromete no meio dos três amigos mais velhos. Aguardamos ansiosamente o momento em que a Catarina venha a ser o elemento mais bem classificado numa qualquer prova em que participemos. Nessa altura poderemos afirmar que a Catarina é o futuro e a figura de proa da nossa equipa. Para já não lhe falta entusiasmo.

 

A Corrida da Água é uma daquelas provas que, em termos de cenário envolvente, começa e acaba bem. Pelo meio temos a maior parte da corrida a desenvolver-se em alcatrão. Todavia pensamos que a organização não terá grande dificuldade em arranjar um percurso de dez quilómetros e integralmente no seio da Serra de Monsanto. A Lisbon Eco Marathon já provou que tal é possível. É certo que a passagem obrigatória pelo Aqueduto das Águas Livres, ponto alto e talvez o maior motivo de interesse que leva muitos atletas a inscreverem-se nesta corrida, constrange a definição do percurso já que uma das entradas está localizada fora da Serra de Monsanto, no alto de Campolide. Isto obriga a que uma parte da corrida se realize em estrada. E porque não atravessar o Aqueduto duas vezes, entrando e saindo directamente na Serra de Monsanto? Será por uma questão de autorização da EPAL ou apenas decorrente de exigências em termos de segurança?

 

Sendo uma corrida pouco plana, mesmo a ciclovia entre Pina Manique e Campolide é em “sobe e desce”, permite mesmo assim a obtenção de tempos muito próximos dos conseguidos nas habituais provas de dez quilómetros em estrada. Mesmo a longa subida da Rua de Campolide (este ano pareceu mais longa e mais inclinada ???) não deitou por terra as ambições dos atletas mais preocupados com o cronómetro.

 

Numa prova de dez quilómetros em estrada é habitual haver um único abastecimento de água. E assim aconteceu neste caso. A organização decidiu manter a localização dos anos anteriores junto aos Pupilos do Exército. Mas como este abastecimento estava colocado numa zona estrangulada os atletas voltaram a passar por algumas, para não dizer grandes, dificuldades em recolher uma garrafinha do tão precioso líquido levando-os a tropeçarem uns nos outros. Como não estava muito calor talvez muitos deles tenham mesmo dispensado aquela confusão e seguiram até à meta sem qualquer reforço líquido.

 

Deixamos para trás o Aqueduto das Águas Livres e reentramos na mata de Monsanto. A pouco menos de um quilómetro teremos a linha de chegada. Para surpresa, principalmente dos estreantes, somos presenteados com um peça de fruta e com uma mísera garrafa de 0,20l de água. Para uma prova que tinha como mote a água, esse bem tão precioso e cada vez mais escasso na Natureza, podemos voltar a afirmar que a Corrida da Água foi, uma vez mais, a "Corrida da Pouca Água". Não se percebe este tipo de decisões.

 

Mas, apesar de tudo, valeu a pena. O tempo estava agradável e convidativo a uma manhã de lazer na Serra de Monsanto. E o ambiente foi de festa como é habitual quando à prova principal se junta uma Caminhada para os restantes familiares e amigos que ainda não se sentem em condições , ou mesmo atraídos, pela Corrida.

 

Atletas que concluiram a prova: 837

Vencedor: AMÉRICO L G PEREIRA (C Benfica Alg Mem Martins): 0:34:14

 

CATARINA SANTOS (Dorsal Nº697)

Classificação Geral: 483º - Classificação no Escalão F0034: 22º

Tempo Oficial: 0:57:21/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:56:55

Tempo médio/Km: 5m:41s  <=> Velocidade média: 10,54Km/h (*)

 

JOÃO VALÉRIO (Dorsal Nº698)

Classificação Geral: 608º - Classificação no Escalão M6064: 49º

Tempo Oficial: 1:01:49/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:01:23

Tempo médio/Km: 6m:08s  <=> Velocidade média: 9,77Km/h (*)

 

FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº694)

Classificação Geral: 626º - Classificação no Escalão M5054: 60º

Tempo Oficial: 1:02:26/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:02:00

Tempo médio/Km: 6m:12s  <=> Velocidade média: 9,68Km/h (*)

 

CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº695)

Classificação Geral: 173º - Classificação no Escalão M5054: 20º

Tempo Oficial: 0:47:19/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:46:53

Tempo médio/Km: 4m:41s  <=> Velocidade média: 12,80Km/h (*)

 

CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº696)

Classificação Geral: 227º - Classificação no Escalão M5559: 15º

Tempo Oficial: 0:49:21/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:48:55

Tempo médio/Km: 4m:54s  <=> Velocidade média: 12,27Km/h (*)

 

(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)

 

Calendário para o Mês de Outubro

  • 5 - Maratona de Lisboa (Cascais/Lisboa) - 42,195 Km
  • 12 - Corrida do Sporting (Lisboa) - 10 Km
  • 19 - Corrida da Água (Lisboa) - 10 Km
  • 26 - Corrida do Montepio (Lisboa) - 10 Km
publicado por Carlos M Gonçalves às 00:19

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Quinta-feira, 16 de Outubro de 2014

4ª CORRIDA DO SPORTING

100 Corridas.png

Apesar da chuva e vento que se fizeram sentir na manhã do passado Domingo muitos foram aqueles que não se intimidaram e se dirigiram ao Estádio de Alvalade para participar na 4ª edição da corrida do Sporting, mais uma corrida que veio para ficar no cada vez mais sobrecarregado calendário de provas. Os lebres e tartarugas fizeram-se representar por Carlos Teixeira e Frederico Sousa e respetivos filhos André Catela (a participar pela primeira vez numa prova de 10 Km) e Gonçalo Sousa. É com regozijo que os três fundadores dos lebres e tartarugas vêm cada vez mais alargado o número de atletas que vão representando a nossa equipa, sendo que o ano de 2014 tem sido desde que começamos em 2008 um dos mais importantes neste aspeto.

 

Os quatro atletas encontraram-se na bomba da Bp perto do Estádio, os Sousas bem protegidos por plásticos enquanto os Catelas se apresentaram desprotegidos já preparados para a corrida, após os cumprimentos habituais os atletas dirigiram-se para o local da partida. Devido à chuva os atletas fizeram um mini aquecimento na garagem do Estádio. Às 10 em ponto teve lugar a partida no sentido norte do Estádio debaixo de alguma chuva, um pelotão compacto de atletas tentando ultrapassarem-se uns aos outros e simultaneamente tentando evitar pisar as diversas poças de água que existiam naquele local. Após o primeiro km entrámos no Campo Grande onde os atletas se começam a dispersar e no primeiro túnel a saudação habitual ao Sporting pelos atletas seus adeptos em larga maioria, mas sempre salpicada com pontuais e corajosas manifestações de apoio ao rival Benfica. Passado o Campo Grande, seguiu-se a Avenida da República ligeiramente a subir até ao Saldanha e depois a Avenida Fontes Pereira de Melo onde aos 5Km junto ao Palácio Sotto Mayor, se inverteu o sentido. No regresso a subida da Fontes Pereira de Melo, não por se tratar de uma subida inclinada, mas pela duração é sem dúvida a parte mais difícil da corrida, juntamente com as subidas dos diversos túneis mas neste caso existe compensação com as descidas que os precedem.

 

Os últimos momentos da corrida e os mais ansiados são os da entrada no Estádio e os metros que nos separaram da chegada, para além dos 4 grandes lebres e tartarugas mais 3.236 atletas cortaram a linha de meta. Todos os tartarugas fizeram uma boa prova melhorando as suas marcas comparativamente às ultimas provas desta distância (Corrida do Tejo e Corrida da Linha Médis), no caso do André Catela teve uma estreia em grande conseguindo acompanhar o Pai até quase meio da prova e depois muito estimulado pelo bandeirinha dos 50 m chegou ao fim com um tempo muito bom para quem completou uma corrida de 10 km pela primeira vez.

 

De salientar o acompanhamento efetuado pela corrida do Sporting, que não se limitou a acompanhar os atletas mais bem classificados, tendo sido possível ver a chegada de muito atletas inclusive de alguns dos lebres e tartarugas.

[Crónica de Carlos Teixeira]

 

Atletas que concluiram a prova: 3240

Vencedor: HERMANO FERREIRA (Sporting CP): 0:30:18

 

GONÇALO SOUSA (Dorsal Nº3374)

Classificação Geral: 2659º - Classificação no Escalão: ND

Tempo Oficial: 1:04:50/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:02:24

Tempo médio/Km: 6m:14s  <=> Velocidade média: 9,62Km/h (*)

 

FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº3373)

Classificação Geral: 2346º - Classificação no Escalão: ND

Tempo Oficial: 1:00:49/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:58:24

Tempo médio/Km: 5m:50s  <=> Velocidade média: 10,27Km/h (*)

 

ANDRÉ CATELA (Dorsal Nº1416)

Classificação Geral: 895º - Classificação no Escalão: ND

Tempo Oficial: 0:49:26/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:48:20

Tempo médio/Km: 4m:50s  <=> Velocidade média: 12,41Km/h (*)

 

CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº1417)

Classificação Geral: 731º - Classificação no Escalão: ND

Tempo Oficial: 0:48:15/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:47:09

Tempo médio/Km: 4m:43s  <=> Velocidade média: 12,73Km/h (*)

 

(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)

 

Calendário para o Mês de Outubro

  • 5 - Maratona de Lisboa (Cascais/Lisboa) - 42,195 Km
  • 12 - Corrida do Sporting (Lisboa) - 10 Km
  • 19 - Corrida da Água (Lisboa) - 10 Km
  • 26 - Corrida do Montepio (Lisboa) - 10 Km
publicado por Carlos M Gonçalves às 22:42

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Sexta-feira, 10 de Outubro de 2014

MARATONA ROCK'N'ROLL DE LISBOA

100 Corridas.png

 Pelo segundo ano consecutivo a Maratona Rock´n´Roll de Lisboa regressa a Cascais para dar o tiro de partida para a heróica distância que qualquer atleta de fundo ambiciona, alguma vez na vida, cumprir.

 

De volta às grandes competições as LEBRES E TARTARUGAS registam também o regresso às Maratonas de Estrada com a presença dos dois Carlos – Teixeira e Gonçalves – mas também com o acompanhamento à distância do colega mais novo Frederico Sousa. Num registo mais de treino, o Frederico participou na concentração dos seus dois amigos e deu-lhes a sua “bênção” para a quinta maratona de estrada que ambos se propunham realizar. Devido à falta de preparação que uma corrida com esta dimensão exige o Frederico optou por não se inscrever na Maratona Rock’n’Roll de Lisboa de 2014. No entanto trocou o conforto do leito de um pacato domingo de Outono pela presença em Cascais para apoiar e assistir à partida dos seus dois amigos. E a sua participação não se ficou por aqui. Também ele partiu de Cascais, no final do extenso pelotão, e encetou o percurso da Maratona tendo como objectivo principal realizar uma sessão de treino longo – um “Longão” como o Carlos Teixeira apelida os treinos de maiores distâncias – e terminar perto de sua casa na zona de Belém. Se se sentisse bem até poderia arriscar fazer o percurso todo e também ir até à meta no Parque das Nações. Prometeu que caso conseguisse este desiderato enviaria aos seus colegas um SMS para o aguardarem na zona oriente de Lisboa e alguém lhe dar boleia até casa. E foi incentivado pelos colegas a cometer esta tremenda loucura. Mas neste caso a razão sobrepôs-se ao coração e o Frederico decidiu por ficar em “casa” dando por terminada a sua corrida quando chegou à antiga estação de Pedroços. A sensatez imperou para quem não se sentia em condições de levar uma Maratona até ao fim em condições físicas mínimas.

 

Respondendo às solicitações dos atletas da edição de 2013 a organização optou por antecipar a hora da partida para as oito horas e trinta minutos. Se bem que as previsões meteorológicas não previssem uma manhã tão quente como no ano passado pelo menos evitavam que a corrida começasse logo com uma temperatura diabólica e de arrasar, inviabilizando desde o início uma corrida em condições minimamente aceitáveis.

 

Os atletas tinham duas hipóteses à partida. Ou se deslocavam de carro até Cascais, e no final teriam de voltar à “Casa da Partida” para recolher os seus veículos de transporte, ou optavam pela solução mais racional e mais prática. Caso optassem pela segunda opção, mais aconselhável segundo a organização da corrida, deveriam apanhar o combóio da CP no Cais do Sodré até Cascais. No final da corrida só teriam de apanhar o Metro de Lisboa e, a partir daí, regressarem calma e confortavelmente nos seus meios de transporte até casa. Havia uma terceira hipótese, só para os mais afortunados, que era terem alguém que os levaria até à partida, junto ao Hipódromo de Cascais, e depois os esperaria na zona da meta. Mas esta opção estava reservada apenas para os mais afortunados.

 

O Carlos Gonçalves optou por apanhar o combóio no Cais do Sodré tendo planeado ir na composição que partiria às sete da manhã. Com algum receio de não arranjar estacionamento legal para a sua viatura saíu de casa ainda era noite, por volta das seis da manhã. Aquela hora iria encontrar na zona do Cais do Sodré os aventureiros da noite que ainda queimavam os últimos cartuchos nos bares e discotecas da 24 de Julho. Como foi fácil arranjar lugar para o carro chegou à estação do Cais do Sodré ainda a tempo de apanhar o combóio das seis e meia. Para surpresa dos transeuntes as carruagens iam cheias. A esmagadora maioria dos passageiros era composta por atletas maratonistas, muitos deles estrangeiros e com os respectivos acompanhantes que partiram à descoberta, ou à redescoberta, da capital mais ocidental da Europa.

Fotografia0970.jpgO ambiente respirava a desporto. De tal modo que um passageiro, aliás “passageiro da noite”, e sentiu-se mal no meio deste ambiente e abandonou a carruagem.

 

Mais à frente entrou um grupo de estrangeiros, dois rapazes e uma rapariga, extremamente contentes, para não dizer bem bebidos, e de tal modo que um deles veio com o amigo ao colo por talvez não se encontrar em bom estado de locomoção. Vendo o ambiente que os rodeava não se desfizeram e, pacatamente, encostaram-se aonde puderam para se manterem minimamente de pé.

 

Com o nascer do dia o “Combóio da Maratona” chegava a Cascais. Até ao local da partida tínhamos de cumprir um curto trajecto com cerca de dez minutos que nos levaria até ao local da concentração junto ao Hipódromo de Cascais. Os inúmeros fotógrafos de serviço disponibilizavam-se para as fotografias de circunstância.

Fotografia0971.jpgFotografia0972.jpg

Ainda mal tinham soado as badaladas das oito da manhã e os Tartarugas se reencontravam. Os dois Carlos bem se esforçavam por convencer o Frederico a levar a maratona até ao fim. E também o tentaram persuadir a, pelo menos, não deitar fora a sua inscrição na Maratona do Porto. Ainda falta um mês e até pode ser que, com sorte, os três Tartarugas rumem à invicta e cumpram a Maratona em equipa.

 

Incrivelmente, e sem que nada o justificasse, o tiro de partida é dado com alguns minutos de atraso relativamente à hora prevista. São pormenores como este que afectam a credibilidade das organizações.

 

O dia apresentava-se agradável e com condições quase ideais para a prática da modalidade. Sem chuva, sem vento e com uma temperatura ambiente próxima daquilo que os atletas mais queriam, cada um galga os quilómetros da marginal rumo a Lisboa, mais propriamente à zona do Parque das Nações.

 

Uma das razões de queixa da edição de 2013 foi a quantidade dos abastecimentos de água ao longo do percurso. Fazendo eco destes reparos este ano a água disponível foi abundante. Quase de quilómetro a quilómetro tínhamos um abastecimento.

 

À medida que o dia ia avançando também os atletas iam avançando na sua longa caminhada, cada um ao seu ritmo e em função dos objectivos individuais. Desta vez os atletas foram poupados à subida do Alto da Boa Viagem e foi-lhes proposto um percurso alternativo bem agradável entre a linha do caminho de ferro e o rio Tejo. Só já na zona da Cruz Quebrada é que os “maratonistas” regressam ao alcatrão bem a tempo de enfrentarem a longa estirada desde o Dafundo até ao Cais do Sodré. E até nem custou muito de tal forma já estamos habituados a este troço.

 

Atingido o Terreiro do Paço somos obrigados a uma incursão pela Baixa Pombalina até à entrada da Praça dos Restauradores após o que se dá a inversão daquele pequeno troço e nos encaminhamos de novo para a zona ribeirinha através da Rua da Prata. Aquelas centenas de metros em empedrado deixam mossa nas nossas já tão depauperadas pernas.

 

A cerca de oito quilómetros do fim dá-se o encontro com os atletas da meia-maratona, que tinham partido cerca de duas horas mais tarde do que nós do tabuleiro da Ponte Vasco da Gama. Foi bom este convívio. E também foi muito moralizador já que muitos dos atletas da maratona, e apesar do cansaço acumulado de trinta e quatro quilómetros nas pernas, vinham com um ritmo superior e facilmente ultrapassavam os companheiros da meia-maratona.

 

Mas se foi agradável este convívio nesta altura a quantidade e a qualidade dos abastecimentos piorou consideravelmente nos últimos quilómetros. A confusão foi total junto a cada abastecimento concentrado do lado direito da “pista”. Quem se queria abastecer mas sem paragens teve de optar pelas mesas colocadas do lado esquerdo. Só que, como estavam desertas de elementos das equipas de apoio, tiveram de ser os próprios atletas a desfazer as paletes de água para retirarem as preciosas garrafinhas.

 

À medida que nos aproximávamos do final aumentavam os espectadores e os incentivos aos atletas. Uma vez mais constatámos que ao longo de toda a Maratona a maioria dos incentivos vinham especificamente de cidadãos estrangeiros que se perfilavam nas bermas para apoiar os seus compatriotas e não só. Uma vez mais os Portugueses alheiam-se destas manifestações.

 

No último quilómetro dá-se a separação entre os Maratonistas e os Semi-maratonistas. Terminam a prova lado a lado mas em pistas separadas. Nas últimas centenas de metros assistem-se aos derradeiros “sprints” na ânsia de conseguir recuperar alguns segundos e de galgar lugares na classificação final.

 

Os dois membros das LEBRES E TARTARUGAS reencontram-se após a meta na zona de recuperação. Feito o balanço da corrida de cada um, os atletas despedem-se já com a Maratona do Porto no pensamento.

 

Atletas que concluiram a prova: 2867

Vencedor: SAMUEL NDUNGU (Quénia): 2:08:21

 

CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº3745)

Classificação Geral: 1715º - Classificação no Escalão M50: 182º

Tempo Oficial: 4:12:27/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 4:09:12

Tempo médio/Km: 5m:54s  <=> Velocidade média: 10,16Km/h (*)

 

CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº2657)

Classificação Geral: 1562º - Classificação no Escalão M55: 93º

Tempo Oficial: 4:07:13/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 4:03:59

Tempo médio/Km: 5m:47s  <=> Velocidade média: 10,38Km/h (*)

 

(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)

 

Calendário para o Mês de Outubro

  • 5 - Maratona de Lisboa (Cascais/Lisboa) - 42,195 Km
  • 12 - Corrida do Sporting (Lisboa) - 10 Km
  • 19 - Corrida da Água (Lisboa) - 10 Km
  • 26 - Corrida do Montepio (Lisboa) - 10 Km
publicado por Carlos M Gonçalves às 22:08

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