Segunda-feira, 30 de Abril de 2012

CORRIDA DO SLB

 

Em 2009, quando começámos esta nossa aventura no atletismo, participámos na quarta edição da Corrida do SPORT LISBOA e BENFICA. Foi uma experiência nova, assim como foram todas as outras corridas que disputámos. Tudo era novidade e tudo nos estimulava. Não obstante dois dos três atletas que formam as LEBRES E TARTARUGAS estarem ligados emocionalmente ao "glorioso", tínhamos decidido nesse ano que não voltaríamos a participar nesta prova. Um pouco desorganizada, e muita confusão à partida e à chegada, foram motivos bastantes para não voltarmos a repetir esta corrida. Nem mesmo a passagem pelo relvado do Estádio da Luz - A CATEDRAL - nos motivou a repetir esta corrida.

 

No entanto neste grupo nada é considerado como definitivo. À última hora os dois "benfiquistas" do coração decidiram, e bem, voltar a inscreverem-se na Corrida do Benfica até porque tínhamos uma vaga no nosso calendário sem qualquer prova para este fim de semana. E vieram reforçados por um atleta que parece decidido a vestir definitivamente a camisola das TARTARUGAS.

 

A confusão manteve-se, quer à partida quer durante a corrida, muito por fruto da elevada participação de atletas. Só na prova dos dez quilómetros foram mais de três mil a terminarem a corrida.

 

Com um percurso bastante idêntico ao de 2009, longe de ser fácil com algumas subidas suaves mas bastante desgastantes, e uma entrada "bem perigosa" no perímetro do complexo desportivo das águias, é da mais elementar justiça realçar a qualidade dos abastecimentos de água. Com cerca de 2,5 km de intervalo ninguém terá certamente ficado privado do precioso líquido, até porque a certa altura o Sol decidiu marcar presença, ainda que timidamente mas a deixar as suas marcas.

 

Ao longo de toda a prova tivémos continuamente de ultrapassar inúmeros atletas o que prejudicou em parte o resultado final. Raramente conseguíamos correr a direito e sem termos de ultrapassar os corredores mais lentos. E no último quilómetro a situação ainda se agravou mais pois encontrámos muitos participantes da corrida/caminhada de 5 quilómetros. Apesar de tudo ainda conseguimos melhorar os nossos tempos individuais relativamente a 2009 e registar umas das nossas melhores marcas indiviuais na distância.

 

Apesar de terminar num local bastante apertado a organização empenhou-se, e conseguiu, para que não se verificassem os problemas que normalmente acontecem quando uma prova termina num local mais congestionado. O único ponto verdadeiramente negativo foi a chuva que se fez sentir após termos terminado a nossa corrida. Mas a isto a organização foi alheia. Se pudéssemos escolher preferíamos que a chuva se fizesse aparecesse durante a corrida e não no período de repouso e de recuperação dos atletas.

 

Em suma ficámos bastante satisfeitos com a corrida deste ano. E talvez a CORRIDA DO SLB reentre no nosso mui preenchido calendário competitivo.

 

Atletas que concluiram a prova: 3306

Vencedor: Bruno Jesus (Maia AC): 0:30:37

 

BARTOLOMEU SANTOS (Dorsal Nº4936)

Classificação Geral: 1208º - Classificação no Escalão M20: 594º

Tempo Oficial: 0:51:11/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:49:20

Tempo médio/Km: 4m:56s  <=> Velocidade média: 12,16Km/h (*)

 

FREDERICO SOUSA  (Dorsal Nº4937)

Classificação Geral: 2196º - Classificação no Escalão M45: 264º

Tempo Oficial: 0:58:29/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:56:35

Tempo médio/Km: 5m:40s  <=> Velocidade média: 10,60Km/h (*)

 

CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº4935)

Classificação Geral: 1006º - Classificação no Escalão M55: 58º

Tempo Oficial: 0:49:35/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:49:19

Tempo médio/Km: 4m:46s  <=> Velocidade média: 12,57 Km/h (*)

MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NA PROVA

 

(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)

 

Corridas do mês de Abril

  • 1 - Trilhos de Almourol (Aldeia do Mato/Entroncamento) - 42,195 Km => Carlos Gonçalves
  • 1 - Corrida dos Sinos (Mafra) - 15 Km => Carlos Teixeira
  • 15 - Cascais/Oeiras/Lisboa - 20 Km
  • 25 - Corrida da Liberdade (Lisboa) - 11 Km
  • 29 - Corrida do SLB (Lisboa) - 10 Km

Calendário para o mês de Maio

  • 1 - Corrida do 1º de Maio (Lisboa) - 15 Km
  • 6 - Meia Maratona Internacional de Setúbal - 21, 0975 Km
  • 13 - Mini Trail Castelo de Abrantes - 15 Km
  • 20 - Corrida dos Advogados (Lisboa) - 10 Km => a confirmar
  • 27 - Corrida do Guincho - Entre Serra e Mar (Janes) - 15 Km
publicado por Carlos M Gonçalves às 23:56

link do post | comentar | ver comentários (2) | favorito
Sábado, 28 de Abril de 2012

CORRIDA DA LIBERDADE

Comemorava-se neste dia o trigésimo oitavo aniversário do 25 de Abril. A Corrida da Liberdade repetia-se pela 35ª vez. E com a actual crise cada vez mais a maioria das pessoas se lembra desta data tão importante e carregada de um tão elevado simbolismo e imagem de esperança. E as TARTARUGAS resolveram este ano associarem-se desportivamente à comemoração do Dia da Liberdade.

 

Apesar de já estarmos no final de Abril o dia apresentava-se bastante frio e com alguma chuva e vento à mistura. Mais parecia que estávamos numa manhã de Novembro ou mesmo de Dezembro. Mas nada atemoriza e desmotiva estes atletas que bem cedo, e com mais de uma hora de avanço, se encontraram à saída da estação do Metro na Pontinha.

 

Algumas caras conhecidas, principalmente os mais resistentes, juntaram-se sob o telheiro onde se realiza o mercado local para levantarem os respectivos dorsais e também para se protegerem do frio.

 

A partida estava marcada para o Quartel do Regimento de Engenharia. Ao som das Canções do José Afonso, Fausto e outros cantores símbolos da Revolução de Abril, os atletas iam-se agrupando e confraternizando imbuídos de algum espírito revolucionário, como se impunha. Aliás como dizia o "speaker" esta prova tratava-se de uma corrida de confraternização e não de competição. E este espírito verificou-se logo de início. Ao levantarmos os dorsais verificámos que não nos era disponibilizado qualquer "chip" essencial para o controlo dos tempos e das classificações. E à medida que o tempo ia passando apercebíamo-nos do ambiente reinante. Com a hora da partida inicialmente marcada para as 10 horas e 30 minutos éramos informados que a mesma se realizaria por volta dessa hora. Mais ou menos.  Após um largada de pombos correios coube à Presidente da Câmara Municipal de Odivelas dar o dar o "tiro de partida", e de um modo o mais informal possível: "UM DOIS TRÊS PARTIDA".

 

Consumada a "largada" dos atletas  estes lançaram-se ao ataque. A maioria dos participantes, habituados à competição, necessita de alguma adrenalina para encararem com algum entusiamo estas corridas. O percurso já era bem conhecido de anteriores edições da Corrida do Metro. Por volta do quilómetro seis, em pleno Campo Grande, tivémos o único abastecimento de água. Viu-se que as pessoas envolvidas nesta operação não estavam muito habituadas a esta logística. A zona do abastecimento estava de tal modo discreta que houve mesmo atletas que nem sequer chegaram à água. Este acidente de percurso não teve repercussões graves atendendo a que o calor não se fez sentir.

 

À passagem pela Praça do Duque de Saldanha inicia-se a aguarda, e já conhecida, descida até ao final. Chegados aos Restauradores lá se vislumbrava o insuflável indicativo da meta. Mas, como já se esperava, não haveria qualquer controlo quer de tempos quer de calssificação final.

 

Apesar de todas estas vicissitudes podemos considerar como bem empregue o tempo dispendido nesta manhã de feriado. Foi mais um treino em grupo do que uma prova de atletismo. E no próximo ano voltaremos? Talvez, mas tudo depende das alternativas que se colocarem então à nossa disposição.

 

Com uma participação recorde, segundo revelava a organização, apenas podemos apresentar os tempos individualmente registados por cada um dos nossos atletas.

 

Segue-se a Corrida do Benfica a fechar o mês de Abril. E no 1º de Maio voltaremos à competição para celebrar mais uma data histórica carregada de simbolismo para as classes trabalhadoras. Mas desta vez será uma prova a sério.

 

BARTOLOMEU SANTOS

Tempo Cronometrado: 0:50:41

Tempo médio/Km: 4m:36s  <=> Velocidade média: 13,02Km/h (*)

 

FREDERICO SOUSA

Tempo Cronometrado: 0:58:12

Tempo médio/Km: 5m:17s  <=> Velocidade média: 11,34Km/h (*)

 

CARLOS TEIXEIRA

Tempo Cronometrado : 0:53:01

Tempo médio/Km: 4m:49s  <=> Velocidade média: 12,45Km/h (*) 

 

CARLOS GONÇALVES

Tempo Cronometrado: 0:49:19

Tempo médio/Km: 4m:29s  <=> Velocidade média: 13,38Km/h (*)

 

(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)

 

Calendário para o mês de Abril

  • 1 - Trilhos de Almourol (Aldeia do Mato/Entroncamento) - 42,195 Km => Carlos Gonçalves
  • 1 - Corrida dos Sinos (Mafra) - 15 Km => Carlos Teixeira
  • 15 - Cascais/Oeiras/Lisboa - 20 Km
  • 25 - Corrida da Liberdade (Lisboa) - 11 Km
  • 29 - Corrida do SLB (Lisboa) - 10 Km

 

publicado por Carlos M Gonçalves às 21:30

link do post | comentar | favorito
Segunda-feira, 16 de Abril de 2012

ESTAFETA CASCAIS OEIRAS LISBOA - 73ª Edição

Tal como há um ano atrás as TARTARUGAS decidiram participar na prova em linha integrada na Estafeta Cascais-Oeiras-Lisboa. Gorada a possibilidade de inscrevermos também uma equipa para a corrida de Estafeta recrutámos, à última hora, um reforço que veio assim engrossar a nossa representação. E que reforço. Apesar de ser a primeira vez que participava numa corrida oficial obteve um desempenho extraordinário afirmando-se como o nosso segundo atleta mais rápido nesta corrida. É certo que tem um bom par de anos a menos do que qualquer um de nós. Mas a sua juventude não explica tudo. Temos aqui um atleta em potência. Vamos a ver se nos acompanhará mais vezes.

 

Sendo uma das mais antigas provas de atletismo de Portugal regressou no ano passado com a novidade da corrida em linha simultaneamente com a prova de estafeta. Num cenário de crise instalada e com algumas provas a serem anuladas é com grande satisfação que testemunhamos a realização das corridas mais emblemáticas e, ainda por cima, com uma maior adesão relativamente a 2011.

 

Apesar de já estarmos em plena Primavera, a chuva, o vento e o frio mais faziam parecer que tínhamos recuado até Novembro ou Dezembro. E fazer uma corrida ao longo da marginal com estas condições meteorológicas era desde logo um cenário um pouco assustador. Felizmente que o pouco vento que se fez sentir até foi pelas costas ajudando mesmo os atletas durante a parte inicial do percrurso. E a chuva só decidiu aparecer já no último quarto da prova. E mesmo assim durou pouco.

 

A generalidade dos atletas imprimiu desde logo um ritmo bem vivo à corrida. Os quilómetros até custaram menos a passar. Este é, sem dúvida, um sinal da boa preparação que cada vez mais se nota na generalidade dos habituais participantes neste tipo de manifestações desportivas. O percurso não escondia grandes segredos até porque a maioria do traçado é comum a outras corridas que se vão realizando nesta zona. Como ponto mais difícil temos a subida para o Alto da Boa Viagem mas, a partir desse ponto, praticamente terminam as grandes dificuldades: é sempre a descer ou em plano. Mas relembra-se que a marginal não é fácil. Sendo maioritariamente plana não nos dá qualquer tipo de descanso. Ao menos sempre que há uma subida logo temos a seguir uma boa descida para recuperação das energias e de algum fôlego. A fatídica recta desde o Dafundo até à zona da meta até pareceu agora mais fácil e bem mais curta.

 

Realça-se a boa forma dos TARTARUGAS com o estabelecimento de dois novos recordes na distância e de um segundo melhor tempo. Obviamente sem deixar passar em claro a excelente prestação no nosso "estreante" BARTOLOMEU SANTOS.

 

Atletas que concluiram a prova: 551 (409 em 2011)

Vencedor: Marco Gomes (CCR Alto do Moinho): 1:08:24

 

FREDERICO SOUSA  (Dorsal Nº 258)

Classificação Geral: 447º - Classificação no Escalão M45: 59º

Tempo Oficial: 1:56:57/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:56:43

Tempo médio/Km: 5m:50s  <=> Velocidade média: 10,28Km/h (*)

 

CARLOS TEIXEIRA  (Dorsal Nº 257)

Classificação Geral: 287º - Classificação no Escalão M50: 29º

Tempo Oficial: 1:43:54/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:43:39

Tempo médio/Km: 5m:11s  <=> Velocidade média: 11,58Km/h (*)

MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NA PROVA E NA DISTÂNCIA DE 20 KM

 

CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº256)

Classificação Geral: 229º - Classificação no Escalão M55: 20º

Tempo Oficial: 1:40:04/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:39:50

Tempo médio/Km: 4m:59s  <=> Velocidade média: 12,02Km/h (*)

MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NA PROVA E NA DISTÂNCIA DE 20 KM

 

BARTOLOMEU SANTOS (Dorsal Nº763)

Classificação Geral: 277º - Classificação no Escalão M20: 109º

Tempo Oficial: 1:43:03/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:42:48

Tempo médio/Km: 5m:08s  <=> Velocidade média: 11,67Km/h (*)

 

(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)

 

Calendário para o mês de Abril

  • 1 - Trilhos de Almourol (Aldeia do Mato/Entroncamento) - 42,195 Km => Carlos Gonçalves
  • 1 - Corrida dos Sinos (Mafra) - 15 Km => Carlos Teixeira
  • 15 - Cascais/Oeiras/Lisboa - 20 Km
  • 25 - Corrida da Liberdade (Lisboa) - 11 Km
publicado por Carlos M Gonçalves às 21:04

link do post | comentar | favorito
Quinta-feira, 5 de Abril de 2012

TRILHOS DO ALMOUROL

E subitamente as TARTARUGAS ficaram completamente desmembradas. Um dos atletas ficou a tomar conta dos filhos. Outro dedicou-se à Corrida dos Sinos, cuja crónica já foi publicada. O terceiro, o mais velho e talvez por isso o mais "maluco", optou por participar nos Trilhos do Almourol. E logo na sua dimensão máxima. Talvez seja um sinal de senilidade e de que caminha a passos largos para a segunda infância.

 

Mas atenção que esta separação apenas se verificou neste fim de semana. Na próxima prova voltaremos a reagruparmo-nos.

 

A participação nos trilhos do Almourol já tinha sido equacionada há dois anos. Nessa altura o Frederico e o Carlos Gonçalves discutiram bastante a inscrição nesta prova, na modalidade dos mini-trilhos então com 19 quilómetros de distância. Como ninguém deu o derradeiro passo em frente acabámos por ficar em terra. Em 2010 ainda chegámos a estar inscritos mas, devido à coincidência com a Corrida dos Sinos, optámos por adiar a nossa participação nos Trilhos. Mas desde logo decidi que em 2012 ir-me-ia inscrever nos Trilhos do Almourol. E como "o sonho comanda a vida" decidi este ano abalançar-me à prova da maior distância. Como já tinha cumprido um sonho antigo de concluir uma Maratona senti que tinha de abraçar novos desafios. E este foi o momento próprio. A vida é feita de desafios. E enquanto tivermos desafios pela frente a nossa existência continua a fazer todo o sentido.

 

Tomada a decisão de participar nos Trilhos do Almourol sabia que o desafio e o risco eram bastante grandes. O nível competitivo esperado era muito alto donde a probabilidade de ficar em último era enorme. Mas nem mesmo assim este atleta desmoreceu e se encolheu. O caminho mais fácil seria optar pelos Mini-trilhos. Mas tomei conscientemente a decisão de arriscar e abalançar-me à prova principal.

 

A aventura começou bem cedo neste primeiro domingo de Abril. Ainda era noite quando nos fizémos à estrada rumo ao Entroncamento.

 

Como o local da partida da prova dos Trilhos era longe tínhamos de seguir viagem num dos vários autocarros colocados à nossa disposição. E logo aqui se verificou que a organização não tinha deixado nada ao acaso. Cada atleta tinha um autocarro próprio de acordo com o número do respectivo dorsal.

 

Chegados à Aldeia do Mato, e depois de "descarregados" os atletas, foi feito o controlo um a um dos presentes à partida, para que ninguém faltasse à chegada. Seguiu-se um breve "briefing" sobre o modo como iria decorrer a prova.

 

Os Trilhos do Almourol começam com uma vista magnífica sobre a albufeira da Barragem do Castelo do Bode. Estavam reunidas condições meteorológicas propícias a um bom desempenho: pouco sol, muitas núvens e temperatura próxima do ideal (nem frio nem calor). Com um início bastante fácil cedo verificámos que o propósito de conseguir fazer toda a corrida a correr iria logo cair por terra. Com a primeira subida, do tipo "single trek", deparámo-nos com o primeiro engarrafamento. Como alguém dizia "parece o IC 19 à hora de ponta". E também bem cedo concluímos que não estávamos a participar numa Maratona "off the road" mas sim num percurso de aventura mais do tipo "trekking" em que por vezes até conseguimos correr. Refeito o objectivo deveríamos passar a encarar esta prova mais como um teste às nossas capacidades levadas até ao limite tanto físico como psicológico. O lema era gerir o percurso troço a troço sem nunca pensar no que ainda faltava até ao final.

 

Foi um percurso muito belo e simultaneamente bastante exigente. Preparados para qualquer acidente de percurso, não tendo escapado a uma escorregadela que deixou marcas no cotovelo esquerdo, foi necessário também um grande espírito de entre-ajuda entre todos os atletas. Muitas "escaladas" e várias descidas radicais foram uma constante. Com a chegada a Constância sentimos que tínhamos cumprido a primeira parte da parte corrida, muito provavelmente a mais difícil e mais desgastante. A partir de aqui começávamos a contagem decrescente dos quilómetros. Desistir agora "NUNCA".

 

Após uma passagem pelo perímetro militar de Tancos dirigimo-nos para a margem norte do Rio Tejo. A calmaria deste cenário constituía um bom tónico para o que nos esperava e permitia-nos alguns momentos de descanso activo. Entrando no percurso dos caminheiros, após a estação ferroviária de Almourol, a organização tinha preparada uma grande partida para os atletas dos Trilhos e dos Mini-trilhos: um dos pontos de controlo estava precisamente colocado no alto do Castelo de Almourol. Foi uma oportunidade para visitar esta bela edificação plantada em pleno rio Tejo. Mas para tal tínhamos de passar por uma ponte militar implantada propositadamente para este fim. Mas tínhamos também de vencer os pedregulhos ponteagudos e colocados de forma irregular dificultando o acesso ao caminho que nos permitiria chegar ao Castelo. E à volta mais pedregulhos e uma ponte improvisada com um estrado em madeira sobre bidões.

 

É perto da chegada a mais um ponto de controlo e de abastecimento na localidade de Tancos que aparecem os primeiros sinais de desgaste físico. As cãibras ameaçam os músculos doridos. Notei uma ligeira quebra física mas não anímica. Apesar do que ainda tinha de suportar, e do desgaste físico acumulado, a minha força anímica continuava em alta. Era o momento mais importante de saber gerir o esforço.

 

Após o último abastecimento vislumbra-se pela primeira vez a cidade do Entroncamento. Mas ainda faltavam cerca de seis quilómetros. A partir deste ponto, mais subida ou mais descida, começamos a andar um pouco aos "ziguezagues" para podermos gastar os últimos quilómetros maioritariamente em terra batida. Chegados à igreja da Atalaia informam-nos que agora era sempre a descer. Tinham finalmente terminado os grandes obstáculos.

 

Nesta fase final sentia de volta algumas forças o que me permitiu terminar a corrida em bom andamento, sempre a correr, e ultrapassar uma meia dúzia de atletas que anteriormente me tinham passado à frente.

 

Após passar a ponte sobre o comboio, já bem perto do Pavilhão, vejo a minha filha aguardando ansiosamente pela minha chegada. Finalmente aparecia. E o ânimo ainda foi maior. Ela, depois de feito o percurso dos caminheiros, acompanhou-me sempre a correr até à entrada triunfante no Pavilhão. Esgotado mas feliz. Foram mais de seis horas e quarenta minutos sempre em esforço. Em termos práticos fiz uma maratona e meia.

 

Os Trilhos do Almourol foram também mais do que uma corrida. Um conjunto de emoções que nos ficam para sempre guardadas na memória.

 

Após terminar a corrida a minha primeira sensação foi a de que seria uma prova a não mais repetir. E fui para o duche retemperador. Matutando melhor no assunto, e nos meus habituais companheiros que tinham estado ausentes, já considerava que, caso estivessem interessados, no próximo ano iria acompanhá-los mas nos Mini-trilhos. Agora já penso em voltar em 2013 exactamente para repetir os "TRILHOS". Já sei aquilo que me espera pelo que poderei mesmo melhorar o tempo gasto nesta corrida.

 

A ver vamos.

 

E uma vez mais cumpriu-se o lema das Tartarugas: "Não ficar em primeiro nem em último ... para não dar nas vistas".

 

Por último devo salientar a excelente prestação da organização da prova. Normalmente costuma-se dizer que foi "cinco estrelas". Eu direi mesmo: foi "dez estrelas".

 

Atletas que concluiram a prova: 275

Vencedor: Hélder Ferreira (União de Tomar): 3:30:45

 

CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº221)

Classificação Geral: 249º - Classificação no Escalão M55: 16º

Tempo Oficial: 6:42:58/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 6:41:32

Tempo médio/Km: 9m:31s  <=> Velocidade média: 6,31Km/h (*)

 

(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)

 

Calendário para o mês de Abril

  • 1 - Trilhos de Almourol (Aldeia do Mato/Entroncamento) - 42,195 Km => Carlos Gonçalves
  • 1 - Corrida dos Sinos (Mafra) - 15 Km => Carlos Teixeira
  • 15 - Cascais/Oeiras/Lisboa - 20 Km
  • 25 - Corrida da Liberdade (Lisboa) - 10 Km
publicado por Carlos M Gonçalves às 23:28

link do post | comentar | favorito
Segunda-feira, 2 de Abril de 2012

CORRIDA DOS SINOS - 30ª Edição

Crónica de uma Tartaruga abandonada…………….

 

Foi com grande motivação que participei pela 4ª vez consecutiva na corrida dos Sinos que, juntamente com a corrida das Lezírias e das Fogueiras, constituem as provas de 15Km mais carismáticas do nosso calendário de provas. Estranho foi, pela primeira vez, não ter a companhia de  nenhum dos meus colegas tartarugas.

 

Antes do início da corrida a chuva fez a sua aparição ou não estivéssemos nós no mês de Abril, ensopando desde logo muitos dos participantes e começando a criar as numerosas poças que encontrámos ao longo do percurso. A partida foi algo atribulada face ao numeroso pelotão que englobava os participantes quer da corrida dos sinos quer dos sininhos. Acho que a organização, de forma a preservar a segurança dos atletas, deveria separar em alguns minutos as duas provas. Os primeiros 3 Kms foram percorridos em pelotão compacto pelo centro de Mafra. Entre o primeiro e o segundo Km registou-se uma alteração do percurso em relação às edições anteriores devido às obras que estão a ser realizadas em frente do convento Mafra. Foi uma oportunidade para um maior contacto com este belo monumento, mas por outro lado bastante perigoso por se tratar de uma parte do piso com os indesejáveis paralelipípedos agravado pelo facto de estarem desalinhados e escorregadios devido à chuva.

 

A partir dos 3Km foi a sprintar até aos 8kms e picos, parte mais fácil da prova, e depois seguiu-se a subida entre os 8,5 Km e os 10Km que é a parte mais difícil da prova não tanto pela inclinação mas pela extensão. Aqui o S. Pedro não foi muito amigo pois não chovia e deu lugar a um ar de trovoada muito pesado. Passada a subida veio o desejado abastecimento. Aqui alguns companheiros reclamavam por uma cervejinha em vez da habitual água, aqui fica a sugestão para futuras edições, outros, por sua vez, reclamavam mais a necessidade de comerem um cozido à portuguesa, esta será mais difícil de atender. Depois do abastecimento foi dar o máximo até à meta, sendo a subida do Km 13, o percurso dentro do complexo do parque desportivo, e ainda a perigosa rampa de acesso ao Estádio, os últimos obstáculos antes da chegada.

 

No final a alegria de ter terminado com saúde mais uma prova e simultaneamente de ter batido o meu record pessoal na prova e na distância de 15 Km.

 

E agora meus amigos vamos às calorias da Páscoa para depois as descarregarmos nas próximas provas a começar pela Cascais – Lisboa com a participação dos três tartarugas. Boa Páscoa e bons treinos.

 

[Crónica de Carlos Teixeira]

 

Atletas que concluiram a prova: 1289 (1337 em 2011)

Vencedor: Hugo Pinto (RbRunning): 0:47:26

 

CARLOS TEIXEIRA  (Dorsal Nº 182)

Classificação Geral: 813º - Classificação no Escalão M50: 111º

Tempo Oficial: 1:17:42/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:17:10

Tempo médio/Km: 5m:09s  <=> Velocidade média: 11,66Km/h (*)

MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NA PROVA E NA DISTÂNCIA DE 15 KM

 

(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)

 

Calendário para o mês de Abril

  • 1 - Trilhos de Almourol (Aldeia do Mato/Entroncamento) - 42,195 Km => Carlos Gonçalves
  • 1 - Corrida dos Sinos (Mafra) - 15 Km => Carlos Teixeira
  • 15 - Cascais/Oeiras/Lisboa - 20 Km
publicado por Carlos M Gonçalves às 23:35

link do post | comentar | favorito

.mais sobre mim

.pesquisar

 

.Fevereiro 2024

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
27
28
29

.posts recentes

. GRANDE PRÉMIO DO ATLÂNTIC...

. CORRIDA DO FIM DA EUROPA

. CORRIDA SÃO SILVESTRE DE ...

. CORK TRAIL 2023

. CORRIDA DA ÁGUA

. OEIRAS TRAIL 2023

. SINTRA TRAIL MONTE DA LUA

. MARATONA DE LISBOA

. MEIA MARATONA DE S. JOÃO ...

. TRAIL DOS MOINHOS SALOIOS

.arquivos

. Fevereiro 2024

. Janeiro 2024

. Dezembro 2023

. Novembro 2023

. Outubro 2023

. Setembro 2023

. Junho 2023

. Maio 2023

. Março 2023

. Fevereiro 2023

. Janeiro 2023

. Dezembro 2022

. Novembro 2022

. Outubro 2022

. Setembro 2022

. Junho 2022

. Maio 2022

. Fevereiro 2022

. Dezembro 2021

. Novembro 2021

. Agosto 2021

. Maio 2020

. Abril 2020

. Março 2020

. Fevereiro 2020

. Janeiro 2020

. Dezembro 2019

. Novembro 2019

. Outubro 2019

. Setembro 2019

. Julho 2019

. Junho 2019

. Maio 2019

. Abril 2019

. Março 2019

. Fevereiro 2019

. Janeiro 2019

. Dezembro 2018

. Novembro 2018

. Outubro 2018

. Setembro 2018

. Julho 2018

. Junho 2018

. Maio 2018

. Abril 2018

. Março 2018

. Fevereiro 2018

. Janeiro 2018

. Dezembro 2017

. Novembro 2017

. Outubro 2017

. Setembro 2017

. Agosto 2017

. Julho 2017

. Junho 2017

. Maio 2017

. Abril 2017

. Março 2017

. Fevereiro 2017

. Janeiro 2017

. Dezembro 2016

. Novembro 2016

. Outubro 2016

. Setembro 2016

. Julho 2016

. Junho 2016

. Maio 2016

. Abril 2016

. Março 2016

. Fevereiro 2016

. Janeiro 2016

. Dezembro 2015

. Novembro 2015

. Outubro 2015

. Setembro 2015

. Agosto 2015

. Julho 2015

. Junho 2015

. Maio 2015

. Abril 2015

. Março 2015

. Fevereiro 2015

. Janeiro 2015

. Dezembro 2014

. Novembro 2014

. Outubro 2014

. Setembro 2014

. Julho 2014

. Junho 2014

. Maio 2014

. Abril 2014

. Março 2014

. Fevereiro 2014

. Janeiro 2014

. Dezembro 2013

. Novembro 2013

. Outubro 2013

. Setembro 2013

. Agosto 2013

. Julho 2013

. Junho 2013

. Maio 2013

. Abril 2013

. Março 2013

. Fevereiro 2013

. Janeiro 2013

. Dezembro 2012

. Novembro 2012

. Outubro 2012

. Setembro 2012

. Julho 2012

. Junho 2012

. Maio 2012

. Abril 2012

. Março 2012

. Fevereiro 2012

. Janeiro 2012

. Dezembro 2011

. Novembro 2011

. Outubro 2011

. Setembro 2011

. Agosto 2011

. Junho 2011

. Maio 2011

. Abril 2011

. Março 2011

. Fevereiro 2011

. Janeiro 2011

. Dezembro 2010

. Novembro 2010

. Outubro 2010

. Setembro 2010

. Agosto 2010

. Julho 2010

. Junho 2010

. Maio 2010

. Abril 2010

. Março 2010

. Fevereiro 2010

. Janeiro 2010

. Dezembro 2009

. Novembro 2009

. Outubro 2009

. Setembro 2009

. Julho 2009

. Junho 2009

.links

.subscrever feeds